quarta-feira, 11 de maio de 2011

O cinema na minha vida - parte 3

Aqui há uns anos atrás o irmão da minha mulher disse que tinha montes de filmes em casa gravados por um vizinho do prédio dele, técnico da TVI, sacados da NET ou gravados através dos DVD´s de vídeoclubes nas horas extra. Ao que parece o dito cujo passava por vezes dias fora de casa, e noutros não tinha nada que fazer, aproveitando dessa forma para facturar uns trocos e matar o tempo.
Curioso fui ver o esquema, pareceu interessante e entrei na jogada, encomendando uma série de filmes a partir duma lista que o tal vizinho tinha para os eventuais interessados dos amigos do amigo.
Tempos depois surgiu o Senhor dos Anéis, e o meu interesse pelo cinema começou a aumentar exponencialmente com o visionamento da trilogia. Nesta altura já estava a interessar-me pela possibilidade de poder gravar os filmes do videoclube em minha casa, e tratava de arranjar maneira de o poder fazer. Entretanto o meu cunhado veio com mais uma proposta: conheceu mais um vizinho lá no prédio dele, pintor e meio maluco, flipado em informática, e sabia como descodificar os filmes. Fiz o que foi preciso e consegui que aparecesse em minha casa para instalar o programa. Como também pinto, ao ver o ambiente ficou logo meu amigo. E eis que surge o melhor filme desta década (juntamente com o Sr.dos Anéis) - as Crónicas de Riddick, e passei-me dos carretos. Agora quero ter acesso a este tipo de cinema, custe o que custar. E consegui.
Entretanto abriu o videoclube de um Holandêz perto de minha casa (a quinhentos metros) e vai agora: comecei a gravar tudo o que me interessava. Mais tarde conheci o proprietário - o Eric - ficamos amigos e começamos a trocar presentes: passou-me a colecção toda de Alfred Hitchcock, a história completa dos combates de boxe de Mohamed Ali, Mark Tyson e outro, de Benny Hill, de Sherlock Holmes, de Pasolini, e de outros que tinha em casa, como "taxi driver" e filmes holandezes clássicos (sem tradução), mas loucos e divertidos como os clássicos Portugueses.
Nos espaços vazios comecei a frequentar um videoclube de Espinho, e esporádicamente ia lá e trazia aos cinco e seis filmes de uma vez. E como sempre fiz na vida, escarafunchava à direita e à esquerda e sacava tudo o que os amigos e familiares tivessem de interessante à causa: mesmo em videocassete. Mesmo da TV, através do canal Memória ou outro qualquer.
Concluindo e resumindo: não sou nenhum pirata porque não faço cópias para ninguém (é para consumo da casa). E como sou pobre, e não me posso dar ao luxo de comprar filmes no supermercado a 15 e 20 euros cada um, desenrasco-me - como manda a cantiga. E divirto-me largo.
Não sei quantos tenho à disposição. Gostava de vos mostrar, mas parece que o sistema não permite o acesso a esse tipo de listagens.
Domage.