O "reflexo" da realidade, em sobre-camadas reflectoras da grande "ilusão". A luz forte nos olhos.
Ia já atrás deles...
Ouço a fanfarra do circo à distância, com a cabeça do Ganêz a surgir no horizonte.
É muito bonito.
Somos feitos de pele e osso, sangue e carne, fluídos e cérebro, tripas e merda.
Passagem do intestino delgado para o intestino grosso (visto com Gamavisão).
Depois da orgia, a factura. Toda a matéria acabará por apodrecer e se decompôr com o tempo (menos as pedras preciosas). Mas não se preocupem: a mãe-Terra está mesmo ao nosso lado, para nos acolher nos seus braços multifacetados.
Antes de dar o salto revemos em flash fragmentos da nossa vida, e apercebemo-nos da sua brevidade neste planeta e desta forma. Os cacos de ouro ou barro que deixamos para trás, são irmãos na validade histórica dos factos.
Ninguém consegue vencer o Tempo. Nem os Deuses. E a degradação é inevitável no mundo em que vivemos. Resultado: três palmos de terra como consagração da vida neste mundo.
Através das camadas múltiplas deste bolo cósmico, vejo parte de uma constelação longínqua numa galáxia algures do outro lado da minha imaginação.
Don´t you?
A Luz é a única forma de matéria pura no Universo.
Hoje vejo-me cósmicamente colorido: sou feito da poeira de minerais e metais dos confins do Universo. E de terra e barro, ocre e enxofre:
- Apresento-vos o "reflexo" espelhante dum gnomo-sapateiro/remendeiro, aspirante a "Mágico", Ilusionista, Contorcionista, Bodhisattva, corista sussurante, flautista falhado, psicólogo da treta, Visionário...
Mais barro?