E isto é apenas o princípio do que podemos ver. Há muitíssimo mais, para ver e descobrir, se os políticos e a conjunctura económica o permitirem. Dinheiro para fabricar, comprar e usar armas haverá sempre, infelizmente.
A SEMENTE ORIGINAL
De onde veio a micro-alga que colonizou o nosso planeta? Partindo do princípio que a Terra foi moldada a partir de uma bola de fogo, de certeza que aqui não foi. Então de onde veio? E as outras plantas aquáticas que foram surgindo lentamente do limbo oceânico. De onde vieram?
Não digo que tenham vindo de Marte, porque podem ter vindo em qualquer asteróide ou meteoro com gelo suficiente para largar uma semente no primordial caldinho pétido dos oceanos primevos: assim sendo, de onde poderão ter vindo esses fragmentos? De que parte do Cosmos? Ou no início poderá ter sido a Terra o laboratório dalguma raça alienígena? Não acredito. Existem de certeza planetas muito mais interessantes no Universo, embora o nosso não seja própriamente de desprezar, como estufa.
Podem rir deste tipo de raciocínio; mas ao sairmos deste nosso mundo azul não passaremos nós próprios a ser imediatamente extra-terrestres? Alienígenas? Na Lua ou em Marte (as prováveis etapas à mão) seremos intrusos. Esta é outra faceta que me faz rir às gargalhadas. As sociedades com religiões diferentes odeiam-se e matam-se como porcos na Nova-Guiné. Menos a Budista. As outras, a Cristã e a Muçulmana, basta consultar a história e ver o resultado.
A semente, o ovo da vida, quem a plantou!
Em Deus não acredito, nem no S.João.
Então?
Quem, como, depois do armaguédon!
No nosso mundo somos intolerantes uns com os outros. Recentemente destruimos tudo pela ganância, e os indigenas autóctenes não lucram nada com esse tipo de depradação, exploração e expropiação (muitas vezes violenta). Petróleo, madeira, carne e peixe. Todos explorados ao limite da irradicação. Pobre humano de espírito.
O branco, "o mundélè", é o responsável por esta desgraça ambiental que vai acabar com a boa-vida no nosso planeta. E quando digo boa-vida refiro-me ao homem Ocidental - a raça branca, enquanto mais de metade do mundo passa mal (ou morre à fome). E esta situação, sobretudo nos dias que correm, também implica milhões de Ocidentais.
O ADN humano é básicamente composto por vegetais e frutos. Salada, tubérculos, hidratos de carbono. Destruindo contínua e metódicamente as florestas e os terrenos aráveis, não nos estaremos a desnaturar a nós próprios? Caçando e pescando muito mais do que o necessário para as nossas necessidades imediatas não estaremos a destruir o tecido social desses aglomerados proteícos? E para quê? Por alma de quem? Do dinheiro?
Uma grande percentagem desses exageros acaba no lixo ou para fazer adubo. No entanto para fazer adubo bastam algas e os nosso detritos. Então para quê tanto abuso, tanta irresponsabilidade? Para encher os bolsos a meia dúzia de magnatas, enquanto milhões vivem com menos de um euro por dia? Isto é justo, democrático? Não me parece.
Onde pára a justiça da equitatividade social preconizada pelos Gregos à milhares de anos? Onde pára a filosofia médica do não-materialismo? Para onde conduzem os homens de Deus no Ocidente ao volante dos seus protótipos topo-de-gama? Decerteza que não é para o céu.
A sociedade moderna actual mete nojo. Todos gordos (ou a caminho de o serem), todos burros (apesar da informação lhes poder sair pelo telemóvel fora) e no entanto tão ignorantes das verdades básicas: harmonia com o meio ambiente.
Paz e amor, como preconizavam os hippies nos anos sessenta. A única sociedade digna de louvor até hoje. Basta ouvir a música que fizeram e as preocupações que exprimiram; extraordináriamente actuais, para quem quiser e os puder ouvir.
Concluo este raciocínio argumentando que somos um subproduto das inúmeras experiências proporcionadas pelas condições do nosso planeta. Essas condições estão a mudar, como tem vindo a acontecer ao longo de muitas centenas de milhões de anos. Infelizmente desta vez a mudança está a ser ocasionada pela acção desregrada da raça humana e a factura no fim deve ser pesada. Que será que o futuro nos reserva?
Todas as sociedades tecnológicamente avançadas viveram na ilusão da longevidade: mais uma vez basta consultar os manuais da história para ver até onde conseguiram ir; muito menos do que tinham imaginado.
Não passamos de peões num mundo imprevisível e implacável, sujeito a todo o tipo de calamidades naturais que ultrapassam as nossas mais poderosas tentativas de lhes poder fazer frente: terramotos, tsunamis, queda de asteróides, vulcões, furacões, tornados, calor e frio extremos, paragem das correntes oceânicas, paragem do electro-magnetismo da Terra, ou uma eventual guerra nuclear entre nações.
Quando tudo colapsar regressaremos à vida simples de tratar da terra para viver, lançando as sementes que ninguém sabe donde vieram para nos mantermos vivos. Se tivermos sorte.
Os planetas não têm alma. São massas gasosas ou rochosas, ponto final.
Somos nós (todos os seres vivos) que fazem a diferença. Se o arrogante homem moderno vivesse em harmonia com o seu meio ambiente e o respeitasse, como o fizeram o povo das Ilhas Aleutas ou os aborígenes da Australia durante milhares de anos, nada de mal nos aconteceria, como parece poder acontecer.
Tenho medo do futuro e recusei (de acordo com a minha mulher) ter filhos. Não tenho coragem de lançar sementes que podem ser queimadas a breve prazo.
JUN/09