quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O eterno litígio com as operadoras de telecomunicações 1

O conflito com estes malaicos parece não ter fim. Depois do meu blogue de 16 de Setembro, e duma reclamação e queixa formal para a empresa com carta registada, recebi uma resposta apaziguadora com data de envio fraudulenta - 28 de Junho de 2010, quando a minha foi enviada no dia 28 de Setembro de 2010. Esta forma de burla agravada mostra bem o carácter desonesto destes filhos da puta (desculpem a linguagem, mais do que merecida).
Como é possível que uma empresa como esta esta, com o peso e importância que tem na economia e bem-estar da sociedade, proceda desta forma? Como é possível ser tão corrupta? Será que pensa que o cidadão comum não passa de um parvo calado e submisso aos seus desígnios? Se pensa, estão muito enganados.
Na resposta à minha carta autorizaram-me a rescindir o contrato no prazo de quinze dias (se quisesse) sem penalizações subsequentes. É quando aparece (como por milagre) o operador da concorrência a oferecer mais pelo mesmo preço: aproveito a ocasião e mudo de servidor. Afinal sou um homem livre, e se fizer as coisas de forma legal ninguém me pode recriminar.
Quatro dias depois de o ter feito, recebo um telefonema da Cabovisão a questionar a minha desistência dos seus serviços: expliquei os factos, e a menina disse logo que se quisesse voltar para eles me dariam todas as regalias que a Zon estava a dar. Isto dá que pensar.
Depois de desistir dos serviços duma empresa que me estava a roubar de forma descontraída todos os meses cada vez mais, de repente ouço uma proposta que me davam o mesmo que a outra pelo mesmo preço.
Já nem sequer questiono a lógica de semelhante absurdo.
Além de darem mais qualidade de serviço, faziam-no ainda mais barato do que estavam anteriormente a dar. Isto quer dizer o quê? Que roubam como querem e voltam atrás com a sua palavra quando lhes apetece?
Em que país corrupto vivemos afinal, quando os ricos fazem dos pobres bodes expiatórios e gozam com o sistema com toda a impunidade? Onde está a justiça social? A humanidade, nestes tempos conturbados de recessão, provocada exatamente por este tipo de indivíduos frios e calculistas, ladrões camuflados na sombra da miséria humana? É este o modelo de futuro que queremos? Ser estupidamente explorados por gestores que se acham suficientemente inteligentes para gozarem com o iletrado Zé Povinho, acéfalo desgraçado, embaraçado no seu próprio medo de sofrer as consequências de viver num mundo impiedoso e injusto, frio e implacável, sem consciência nem conhecimentos jurídicos suficientes para se defender?
Quando pensava que estava tudo bem (já tinha passado quase um mês) chega-me no fim de Novembro a casa uma factura de 277 euros e tal para pagar. Peguei nela e deitei-a ao lixo. Se querem gozar, vão gozar com o caralho.
A partir daqui foi assédio permanente. Mensagens no telemóvel a dizer para pagar ou sofrer as consequências dos custos judiciais, telefonemas que atendi e chamei à razão da operadora dos factos sem ser ouvido (os robots humanos deste tipo de empresa têm de ser melhor formatados e programados) e em Dezembro a factura ultimato, com um envelope gratuíto para efectuar o pagamento antes de ser judicialmente processado.
Durante mais de dois meses fui enxovalhado, tratado como vigairista, violentamente stressado por todos os meios, e tinha cinco dias para pagar ou ir a tribunal.
Já passaram mais de vinte e ainda não aconteceu nada.
Será que ficou por aqui?
Nenhum advogado no seu perfeito juízo iria assumir um caso destes, depois de recolher todas as provas e verificar as evidências.
No que me diz respeito, só lamento não ter possibilidades financeiras de contratar um advogado e processar essa Cabovisão (e bem poderia ser a Zon - igualmente corrupta) e exigir uma indemnização pelos danos morais que provocam na sociedade.
A Cabovisão tem mais de meio milhão de clientes, portanto façam as contas a mais um euro ou dois, para trás e para a frente, por mês: 1 milhão ou mais de euros livre de impostos a meter ao bolso. A Zon tem mais de um milhão de clientes e faz o mesmo jogo sujo, facturando milhões de euros por baixo da porta.
Aconselho a sociedade a defender os seus direitos e a lutar por eles - como dizia Bob Marley.
Essa Cabovisão ainda me deve quatro euros e um pedido de desculpa.