sábado, 27 de junho de 2009

A semente promordial

Hoje em dia os cientistas discutem muito a origem da vida, mas quando o fazem buscam compulsivamente a vida animal; as primeiras bactérias, micróbios e vírus, esquecendo (não sei porquê) a base de todas as formas de vida depois de nascerem: a comida.
Já se sabe (e é lógico) que os planetas e luas foram constituidos hà biliões de anos por impactos sucessivos de asteróides, meteoros e meteoritos (estes ainda hoje caem com frequência)(resíduos dessas grandes massas de matéria residual) que ainda gravitam na cintura de Kaiper aos milhôes, e na origem foram todos fornalhas ardentes, como a Lua Io de Jupiter (por exemplo).
Tenho quase a certeza que as primeiras formas de vida surgiram em Marte, e a explicação é simples.
Sendo o nosso Sol actualmente um Sol de 3ª grandeza, isso quer dizer que no passado já foi de segunda e de primeira. Não é preciso andar em nenhuma universidade para saber que um Sol de primeira grandeza é muito mais quente que um de terceira (um autêntico grelhador termonuclear) e que tudo que esteja ao seu alcance é assado até à fusão atómica. Portanto nem vale a pena sequer pensar em qualquer tipo de vida biológica na sua proximidade. Pela lógica deste raciocínio, à muitas centenas de milhões de anos atrás, quando o nosso Sol era mais quente, a Terra era um mundo ardente comparado com Marte, mais distante e acessível ao mesmo tipo de materiais à deriva por todo o Universo. Nessa altura, com uma temperatura comparada com a da Terra actual, faz todo o sentido que a vida tenha começado aí.
Com o decorrer do tempo a Sol arrefeceu e a vida em Marte extinguiu-se, para recomeçar no nosso planeta. Daqui a muitos milhões de anos será a vez de Vénus ser o berço da humanidade, quando o Sol enfraquecer e a Terra gelar. É o ciclo da vida a uma escala cósmica.
Descobriu-se recentemente que certas formas de vida orgânica podem suportar situações extremas de pressão, frio e calor; seja no fundo mar junto a fumarolas vulcânicas, seja no seio de glaciares de gelo ou em cavernas debaixo de terra, em ambientes desprovidos da luz do Sol, mas com energias alternativas; o calor do magma cozinha nutrientes a partir da rocha, a decomposição do metano ou a utilização de anti-congelantes no sangue juntamente com a bioluminiscência, garante a sobrevivência debaixo de terra, garantida pelos resíduos vindos da superfície através de fendas na rocha. Toda uma infinidade de possibilidades que os cientistas estão a ver com os seus próprios olhos pela primeira vez , a confirmarem como garantidos.